quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Não, não é cansaço...






Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Álvaro de Campos

1 comentário:

Pedra Filosofal disse...

Álvaro de Campos era e é um excelente poeta. Sempre actual. Gostei deste poema que escolheste