quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A tua mão


Sentir que a tua mão
quer tocar-me
deixa-me louca,
elevo-me
Sinto calor,
Abrasador
Mais pareço um forno,
aquecendo
devagar,
um bolo pronto
a cozinhar…
com os graus sempre
a subir,
e a tua mão,
serena e suave sobre
a minha pele
aprende a conhecer-me
melhor
por dentro, por fora
saboreia-me
sem demora.
Escorregando por onde quer
Fazer-me sentir,
Mulher.
(com prazer)
Iolanda Neiva
In http://www.luso-poemas.net/

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A tua boca sabe...


A tua boca sabe a
Beijo
Húmido
Saboroso
Consigo sentir,
Sem nunca te ter Beijado
Fecho os olhos
E imagino
Profundamente
As nossas bocas
Uma na outra
Uma só
Tentadas.
Consigo sentir
Um desejo
Adiado
Como se fosse
Verdade..
E a tua boca sabe.

Iolanda Neiva
in http://www.luso-poemas.net/

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

William Shakespeare III


Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A Saudade

Saudade é a maldade do coração,
que nos rouba o passado
sem dó, sem coragem, sem compreensão,
e por nós não é pensado.

A Saudade é o nevoeiro da alma,
é o esquecimento da expressão
que nos acompanha a memória calma
de uma vida que passou com brusquidão.

A Saudade é uma maneira de lembrar
em forma de aliteração,
é uma maneira de falar
com lágrimas em vão.

Saudade é voar
nas mágoas de ontem.
É articular palavras
sem que os dias contem.

Saudade é,
para quem não se lembre,
um pedaço de Para Sempre.

(Obrigado ao autor, Obrigado)
http://saf.bloguepessoal.com/

Não, não é cansaço...






Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Álvaro de Campos

terça-feira, 16 de setembro de 2008

William Shakespeare II

Sofremos demasiado pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos

William Shakespeare

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A ti Princesa

A minha alegria é ver-te a sorrir
Quando não te vejo, quando não te tenho ao pé de mim
Tudo perde importância

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A Elas


(Dedicado especialmente à Princesa e à Carochinha)



O amor não se vê com os olhos mas com o coração.

Minha Culpa


Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém

Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...

Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...

Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...

Florbela Espanca